segunda-feira, 18 de junho de 2012

FESTA DA CASA DA CERCA 2012

Foi sábado, dia 16, e nós lá fomos. Começamos logo de manhã com a primeira das actividades propostas ao público, o yoga. No jardim e com o som dos passarinhos pudemos usufruir gratuitamente de um começar de dia maravilhoso em que aprendemos de uma vez por todas que o yoga não é, de forma alguma, para dormir. Tudo se proporcionou num contexto informal, o que nos deu um à-vontade enorme e nos deixou motivados para o resto do dia. Um ponto negativo foi o descobrir que as massagens de 15 minutos tinham o preço de 5€, o que nos pareceu ridículo. Teria sido mais interessante algo como um workshop, mais participativo e didáctico. 

(Comes e bebes na Casa da Cerca)

Voltámos à tarde e os seres humanos de palmo e meio dominavam a Casa da Cerca e as actividades continuavam. Desde análises ao trabalho de Leonardo da Vinci às provas de vinho, leituras, comes e bebes e brincadeiras afins. Às 18 horas optámos por ir ao Jardim do Rio, com acesso gratuito pelo elevador panorâmico, onde assistimos a um concerto participante da programação Almada Velha em Festa (http://tinyurl.com/3ud7eud) que se trata de um conjunto de espectáculos de música e teatro, assim como actividades variadas  que, pelo indicado, são de acesso gratuito. O concerto proposto foi de uma banda chamada Fazz, que junta o Fado com o Jazz. Na prática trata-se de uma fadista a cantar fados acompanhada por uma banda de jazz. A interpretação foi competente quanto ao esperado, uma banda que tocasse umas músicas de fundo agradáveis enquanto nos sentamos na relva a ver o rio. 



(Jardim da Casa da Cerca à tarde)

Voltamos à Casa da Cerca perto das 20:30 para assistirmos ao happening que prometia surpreender-nos aquando do pôr-do-sol. Pudemos antes ainda ver o final do concerto da Caravana (myspace da banda) que misturando músicas tradicionais do mundo, muito animadas e muito dançáveis, se mostraram muito mais interessantes do que o concerto a que assistimos junto ao rio, pelo que concluímos que a melhor opção teria sido permanecer na Casa da Cerca todo o dia, confiando no programa. Acabando o concerto esperamos pela surpresa, que tardava em chegar, mas não tardou muito. Acontece uma flash mob, e além dos participantes ensaiados juntaram-se logo alguns espontâneos que decidiram fazer parte, e decidiram bem. As coreografias desenrolavam-se em vários espaços ao longo do jardim, correndo a mob de sítio para sítio, e nós, público, também. Tenho a dar os meus mais sinceros parabéns, pois foi tudo muito bem pensado e executado e foi o final perfeito para um dia excepcional. Assistam abaixo a um vídeo da flash mob, pode não ser o melhor possível mas é um bom registo. 

(Vídeo de joannemixtape)

E assim, enquanto o sol acabava de se pôr, começa o set do DJ Oaktree (das 22h às 02h), que também está de parabéns pelas escolhas invulgares e pela coesão do som que apresentou. No entanto não apoio a decisão de prolongar a festa até tão tarde. Todo o ambiente puramente amigável e familiar que se viveu na Casa da Cerca inverteu-se completamente, pois o sítio ficou repleto de jovens munidos de garrafas de vidro e muitas coisas fumáveis, e o pior de tudo, munidos de más intenções. Para quem lá esteve desde manhã foi algo desmotivador ver que à meia noite não se viam já as pessoas sorridentes e bem dispostas, tendo toda a a gente desertado à conta do ambiente altamente desconfortável que se apossou do sítio. Talvez devesse aí ter acabado a festa, à meia noite, e talvez tivesse sido melhor para todos. Ou, talvez, se tivesse solucionado a questão ao resumir a festa ao jardim de baixo, fechando o jardim botânico. Ou, talvez, com mais de dois seguranças para tanta gente. 

De qualquer forma, estão todos de parabéns pela iniciativa que de foi muitíssimo agradável e já deixa saudades. Obrigado. 


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